sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Candidíase

É uma micose que afeta a região cutânea e as mucosas. A mucosa oral,vaginal, intertrigo ,onicomicose e paroníquia. A mais freqüente e comum é a oral, a pseudomembranosa, tem como característica placas brancas que são facilmente removíveis. Citamos também a forma atrófica, esta se apresenta como placas vermelhas, lisas sobre o palato, duro ou mole. Já a vulvo vaginal é acompanhada de leucorréia e placas cremosas de coloração esbranquiçada, encontradas na vulva e na mucosa vaginal. O intertrigo aloja-se nas dobras cutâneas, nuca, virilhas, axilas, região interdigitais e inframamárias. No caso das crianças e idosos precisamos estar atentos, quando estes permanecem muito tempo urinados ou evacuados, ocasiona o surgimento da levedura na região das fraldas e ali surgirá conseqüentemente um eritema intenso,nas dobras cutâneas com lesões eritomato-vesículo-pustulosas na periferia. A onicomicoses e paroniquia é a infecção da unha caracterizada por eritema e edema das dobras das unhas levando a uma distrofia ungueal e omicólise. È possível uma infecção secundária levando a paroníquea mista que vai ser acrescida de uma secreção purulenta. Pessoas diabéticas e aquelas que precisam manter em imersão freqüente em água são os mais indicados a ter esse tipo de candidíase. Quando falamos de infecção macocutanea crônica podemos estar associando a doenças endócrinas como o diabetes; o uso de antibióticos de amplo espectro ou imunodeficiência, é freqüente na infecção por HIV.


Candidiase disseminada atinge os recém nascidos de baixo peso, podem atingir qualquer órgão e levar a óbito. A disseminação hematogênica atinge os pacientes neutropênicos conseqüentemente pelo uso de sondas gástricas, cateteres intravasculares atingindo vários órgãos ou prótese válvular cardíaca.

A etiologia nos diz que temos a cândida albicans, cândida tropicalis e outras espécies. A que causa mais infecção é a albicans.

São conhecidos popularmente como sapinho ou moniliase. É transmitida pelo calor e umidade pois ambos facilitam o desenvolvimento do fungo que já esta presente na pele ou mucosa. O contato com secreções originadas da boca, vagina, pele e dejetos de portadores ou doentes.

Pode acontecer a transmissão vertical que se dá da mãe para o recém nascido, durante o parto. A transmissão continua enquanto existir lesões. Podem ocorrer esofagite, endocardite, infecções em imunodeprimidos, diabéticos ou portadores de doenças que causam anemia grave com queda de imunidade.

Candidíase oral: vê-se pelo aspecto clínico. Esofagite: por endoscopia com biopsia e cultura. Candidíase invasiva: o diagnóstico é pelo isolamento do microorganismo de fluidos corporais (sangue, líquor) ou pela biopsia do tecido.

Diagnóstico diferencial: a muco cutânea e a dermatite seborréica, tinha leucoplasia pilosa , cruris e eritrasma por outras causas. A esofagite é causada por outros agentes:o citomegalovírus, ou herpes simples. Dermatite das fraldas. Eczema de contato. Gengivo-estomatite herpética. Difteria.

O tratamento: na oral: nistatina suspensão ou tabletes. Na esofagite: em pacientes imunodeprimidos , cetonidazol,fluconazol ou anfoterecina B. Candidiase vulvovaginal: isoconazol (nitrato) em forma de creme, ou óvulo,ou ainda clotrimazol, miconazol ou nistatina tópica. Candidíase mucocutanea crônica: cetoconazol ou fluconazol ou anfoterecina B.

Características epidemiológicas: A cândida albicans esta na pele e mucosa de pessoas saudáveis. Infecções mucocutaneas leve é comum em crianças saudáveis e a doença invasiva acontece em imunodeprimidos. Vulvo vaginites por cândida acontece muito em gestantes e pode transmitir ao RN no útero, durante o parto, ou pós -natal.

É necessário diagnosticar e tratar precocemente os casos para evitar complicações e reduzir o risco de transmissão perinatal. Como controlar: tratamento precoce dos atingidos. Orientar a desinfecção concorrente das secreções e artigos contaminados. Se possível evitar o uso de antibioticoterapia prolongada de amplo espectro. Cuidados com uso de cateteres venoso, fazer a troca de curativos freqüentemente, pelo menos a cada 48 horas, com as devidas técnicas, materiais adequados, para não haver contaminação.

Autoria:EnfªDrªMaria Amélia da Costa Rech

Um comentário:

Luiz Correa da Silveira Filho disse...

Querida Enfermeira Maria Amélia< seu blog é uma luz!! bendita seja a hora, que Deus concedeu colocar vc de retorno ao planeta terra. veio espalhar ensinamentos, seus artigos sempre uma luz todos nos !! que \Deus ti iluminem sempre abraços Luizinho