sexta-feira, 18 de março de 2011

Sistema Único de Saúde (SUS)

O Sistema Único de Saúde -SUS- foi criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pelas Leis Nº8080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e Nº 8.142/90, com a finalidade de alterar a situação de desigualdade na assistência à Saúde da população, tornando obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, sendo proibidas cobranças de dinheiro sob qualquer pretexto.

Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e postos de saúde, hospitais, incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros ( bancos de sangue), além de fundações e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ- Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brasil.

Através do Sistema Único de Saúde, todos os cidadãos tem direito a consultas, exames, internações e tratamentos nas Unidades de Saúde vinculadas ao SUS, sejam públicas (da esfera municipal, estadual e federal), ou privadas, contratadas pelo gestor público de saúde.
O SUS é destinado a todos os cidadãos e é financiado com recursos arrecadados através de impostos e contribuições sociais pagos pela população e compõem a os recursos do governo federal, estadual e municipal.
O Sistema Único de Saúde tem como meta tornar-se um importante mecanismo de promoção da equidade no atendimento das necessidades de saúde da população, ofertando serviços com qualidade adequados às necessidades independentes do poder aquisitivo do cidadão.
O SUS se propõe a promover a saúde, priorizando as ações preventivas, democratizando as informações relevantes para que a população conheça seus direitos e os riscos à sua saúde.
O controle da ocorrência de doenças, seu aumento e propagação (Vigilância Epidemiológica) são algumas das responsabilidades de atenção do SUS, assim como o controle da qualidade de remédios, de exames, de alimentos,higiene e adequação de instalações que atendem ao público, onde atua a Vigilância Sanitária. O setor privado participa do SUS de forma complementar, por meio de contratos e convênios de prestação de serviços ao estado quando as unidades públicas de assistência à saúde não são suficientes para garantir o atendimento a toda população de uma determinada região.
CONTROLE SOCIAL NO SUS
A Lei Nº8.142 de 28 de Dezembro de 1990,estabelece duas formas de participação da população na gestão do Sistema Único de Saúde: as Conferências e os Conselhos de Saúde onde a comunidade através de seus representantes, pode opinar, definir,acompanhar a execução e fiscalizar as ações de saúde nas três esferas de governo: federal, estadual e municipal.
Os Conselhos de Saúde são os Órgãos de controle do SUS pela sociedade nos níveis municipal, estadual e federal. Eles foram criados para permitir que a população possa interferir na gestão da saúde, defendendo os interesses da coletividade para que estes sejam atendidos pelas ações governamentais.
O legítimo representante dos cidadãos usuários do SUS defende os interesses e necessidades da população que mais precisa e usa os serviços do SUS, exercendo o controle social ao lutar para garantir, na prática, o direito constitucional à saúde com qualidade e o respeito á dignidade humana.
Os Conselhos de saúde funcionam como colegiados, de caráter permanente e deliberativo, isto é, devem funcionar e tomar decisões regularmente, acompanhando, controlando e fiscalizando a política de saúde e propondo correções e aperfeiçoamentos em seu rumo.
São componentes dos Conselhos os representantes do governo, dos prestadores de serviços, dos profissionais de saúde e usuários.
Para conhecer melhor os Conselhos de saúde procure a Secretaria Municipal de Saúde do seu município e veja como pode participar, que desta forma você estará conhecendo seus direitos e poderá reivindicá-los de forma consciente.

Fonte: SESPA/PA.


Postado pela: Enfª Drª Maria Amélia da Costa Rech

domingo, 6 de março de 2011

Leishmaniose Tegumentar Americana

Também é conhecida como ferida brava.
É causada p
or um micróbio chamado de leishmania transmitida por um mosquito pequeno denominado flebótomo.
O flebótomo é chamado e conhecido por vários nomes: palha, asa branca, asa dura, ligeirinho, entre outros. Seu local preferido são os locais escuros, úmidos, onde há muitas plantas, a vegetação é ótima para sua criação. Seu vôo é baixo, saltitante e chega atingir 200 metros de onde se cria e acontece ao anoitecer, em algumas regiões pode ocorrer pela manhã e à tarde.
A doença acontece entre os animais das florestas (rato do mato, gambá, preguiça, cachorro sadio e doente)sendo transmitida pela picada do mosquito.
O cão e o homem fazem parte do ciclo, quando são picados por estes flebótomos. Não ocorre a transmissão de pessoa para pessoa. Após a picada do mosquito o “micróbio” penetra em alguma célula do corpo e a partir disso vai multiplicando-se e atingindo novas células.
Passado 2 a 3 meses uma lesão pequena surge que vai aumentando até formar a úlcera. A úlcera é arredondada, de bordas elevadas, profundas, com coloração vermelho vivo e presença de pus. Ao redor fica avermelhado.
Pode ter crostas e freqüentemente ocorre nos membros inferiores, mas atinge também os braços, rosto, pescoço.
A ferida brava pode aparecer no corpo de forma diferente, assemelhando-se a hanseníase é muito raro e a chamamos de forma difusa.
O paciente apresenta feridas fechadas elevadas em relação a pele avermelhada podendo ter secreção com o passar do tempo. Na fase difusa há comprometimento da orelha, nariz, lábios e face.
Quanto mais rápido for o diagnostico e o tratamento, mais fácil será a cura e menor o risco de deformidades.
Diagnóstico: observar aspecto clínico da lesão; intradermoreação de Montenegro (IDRM) esfregaço em lâmina de fragmento da lesão .

Sorologia: O paciente que já teve leishmaniose deve ser acompanhado pelo menos dois anos após tratamento. O que já teve na pele há muito tempo, pode ter a doença no nariz e na boca.A leishmaniose após o tratamento cicatriza a pele e a torna fina, brilhosa, geralmente a cor fica mais escura do que a pele normal.Prevenções em nível coletivo não são conhecidas. O combate ao mosquito só é recomendado em casos de transmissão domiciliar e peridomiciliar. Para proteção individual seria diagnosticar no início e tratar o doente.Medidas ambientais: construções de casas numa distância de 100 metros da vegetação; uso de telas nas janelas e portas; mosquiteiros para dormir; manter os animais (cão) doentes fora do convívio familiar; não tomar banho em rios ao entardecer.

Fonte: leishmaniose tegumentar americana I Costa Jackson;Mauricio Lopes.

Postada por: EnfªDrªMaria Amélia da Costa Rech

sábado, 5 de março de 2011

Doença Celíaca

É uma doença crônica que atinge principalmente o intestino delgado, devido a .intolerância permanente ao glúten. Glúten é uma proteína que encontramos no trigo, centeio, cevada, aveia e malte. A doença celíaca também chamada enteropatia glúten-induzida é considerada uma desordem auto-imune que atrofia as vilosidades da mucosa intestinal não permitindo a absorção dos nutrientes, vitaminas, sais minerais e água.

Ocorre em qualquer idade, após o glúten ser introduzido na alimentação. O glúten vem da farinha de trigo e outros cereais, lavando o amido. Para isso se forma uma massa de farinha e água, que é lavada até tornar-se limpa. O resultado é uma textura pegajosa e fibrosa ,como se fosse um chiclete.

Os sintomas são: diarréia, fadiga, perda de peso, crescimento prejudicado, irritabilidade, anemia pela carência de ferro, farturas, ossos finos, erupção da pele, prurido. Há casos da pessoa não apresentar sintomas.

A doença é diagnosticada através de exame de sangue, que é útil tanto para detectar a doença quanto para saber sua exclusão. Se o exame for positivo ele é complementamos com uma endoscopia. Caso ainda não se detecte por meio desses realiza-se uma biopsia, se a suspeita for grande.

A endoscopia com a biopsia é considerado o padrão ouro para o diagnóstico.

O tratamento é a não ingestão de alimentos que contenham glúten, que deve ser mantida por toda a vida.

As pessoas que tem maior risco de ter a doença são aquelas que sofrem de diabete tipo 1, doença auto-imune da tireóide, síndrome de Tumer, síndrome de Willians ou parentes com doenças celíacas.

Com a retirada da farinha de trigo da dieta substituída por farinha de arroz, amido de milho, farinha de milho, fubá, farinha de mandioca, polvilho, fécula de batata, soja e semente de girassol fará com que a doença não se manifeste.

Receita de Farinha sem glúten

Ingredientes:

1kg - farinha de arroz

330g – de fécula de batata

165g – araruta

Preparo: misture todas os ingredientes e guarde em recipiente fechado.

Autora:Enfª Drª.Maria Amélia da Costa Rech