quarta-feira, 26 de maio de 2010

O preço da modernidade na qualidade de vida

Se voltarmos alguns anos, poderemos constatar que haviam poucos avanços em aparelhagens, pesquisas, os médicos eram aqueles de família que não tinham especialidades, mas em contrapartida de tudo entendiam e tratavam. A alimentação era toda feita pela mamãe, na maioria era resultado da própria criação e cultivo de verduras, legumes, frutas, grãos e assim por diante. A recreação era salutar e a união familiar afastava as preocupações e o stress. Hoje já não conseguimos unir a família para um almoço, quanto mais perdermos tempo em cozinhar, já que os restaurantes, os supermercados nos proporcionam a facilidade de encontrarmos tudo pronto. Nossa recreação, se ainda existe, é feita individualmente, não há mais horários para dormir, brincar, estudar, qualquer horário é horário.
As pessoas não conseguem mais parar para conversar, pois para poder ter uma condição socioeconômica favorável, precisa estar sempre correndo. Andar?... ah!!! Isso já não pertence mais à sociedade, a necessidade de carro ou outro veículo de locomoção tornou-se prioridade.
A vida pode se tornar mais luxuosa, mas nosso organismo só vem perdendo com o sedentarismo, comunicação precária com os familiares, o tabagismo, o alcoolismo, a estafa mental e física, e sono insuficiente, ocasionados pelo excesso de trabalho, causando stress e problemas de saúde (doenças cardiovasculares, depressão, síndromes). Adolescentes sem orientação começam a fazer uso de bebidas, drogas, marginalização, sexo, o que pode levar a gravidez precoce e DST´s.
A medicina está cada vez mais especializada, com novas aparelhagens, tratamentos e médicos de diversas especialidades. Assim quando nos damos conta que necessitamos de assistência temos que passar por diversos profissionais, hospitais e postos de saúde lotados, e aquela vidinha de antigamente, da época dos meus pais, que saudades...!
Precisamos nos valorizar como seres humanos e nos colocar em primeiro lugar, e depois pensar nas demais coisas. Vamos tornar nossa vida alegre, com qualidade, resgatar tudo o que foi perdido colocando no nosso cotidiano, parar cinco minutos para conversar com um filho ou amigo, nos presentear, rir muito. Dessa forma pode-se garantir uma diminuição do fluxo dos hospitais, assim os profissionais da saúde terão mais tempo para a prevenção e promoção da saúde e fazer que essa população diminua a taxa de mortalidade, violência, e que a religiosidade de cada ser aumente cada vez mais a união dos povos.
Vale a pena tentar e mudar os hábitos nocivos que hoje temos.

Autora: Drª Enfª Maria Amélia da Costa Rech

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