domingo, 23 de janeiro de 2011

Hipocondria

É o medo que o indivíduo tem de ter uma doença grave e séria.
Essa preocupação é contínua, buscam em sensações normais, em funções do corpo e até em sintomas praticamente inexistentes, como um aviso de um mal grave.

Pode ser apontado um órgão em especial ou em vários, como no sistema digestório, cardiovascular, dermatológico, renal e assim por diante. Qualquer sinal que apareça na pele já é motivo suficiente para alarme. Uma sudorese mais intensa pelo clima quente já acreditam ser o aviso de algo preocupante, perigoso e grave.

A procura do seu médico de confiança de nada diminui seus temores, se isso vir a ocorrer outros sintomas emergirá. Mesmo tendo exames com resultados negativos em mãos, continuam na busca incessante de uma certeza que tudo esta bem, através de outros profissionais médicos, jamais crêem na hipótese de que não tenha doença alguma.

Esses pacientes são desacreditados tantos pelos seus familiares quanto pelo profissional pela insistência em acreditar que algo ruim, e grave eles possuem. Acabam sentindo-se rancorosos e as vezes até frustrados pela insistência na busca de um resultado confirmatório desse mal presumido.

Há uma grande semelhança com o paciente obsessivo compulsivo pois com a fixação obsessiva de ter a doença, terá como consequência a mudança de comportamento.

Atitudes do tipo coçar parte do corpo, marcar consultas obsessivamente, realizar vários tipos de exames. A fixação de estar doente, a ansiedade que persiste é intensa e preocupante.

São profundos conhecedores e extremamente apegados a medicações, embora tenham receio de fazer uso.

Não há idade específica para se tornar um hipocondríaco e pode surgir em ambos os sexos. O hipocondríaco jamais finge; ele acredita que a doença é real. Ele se sente doente.

Sintomas:
Preocupação em ter doença grave; interpretação errônea dos sintomas de seu corpo; medo persistente de doença, apesar de confiar no seu médico; depressão clínica; não apresenta delírios ou ilusões.
Diagnóstico: História clínica; É necessário que o paciente apresente limitações consideráveis e sofrimento como o medo e preocupações exageradas; São utilizados tanto o exame físico quanto os complementares

Prevenção: Não há uma prevenção específica, mas a história de vida contribui para o quadro, do tipo de pessoa que vive em função de doenças crônicas graves ou a valorização do corpo como um beleza e perfeição procurando cirurgião plástico; casos de estética ; questão cultural.

Prognóstico: muitos apresentam uma boa resposta aos medicamentos e psicoterapia e/ou ambos. Se isso não acontecer podem ser suscetível a angustia crônica e problemas clínicos reais.

Tratamento: Necessidade de tratamento específico com psicólogos e psiquiatras. Medicação não há; somente para os sintomas associados que no caso utilizar-se-ia de antidepressivos e ansiolíticos.
Autora: Enfª Drª.Maria Amélia da Costa Rech

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